Finasterida

Os dois únicos medicamentos de eficiência cientificamente comprovada para alopecia androgenética são o Minoxidil e a Finasterida.

Minoxidil: Age melhorando a circulação do couro cabeludo e consequentemente retardando a queda do cabelo. Isoladamente os resultados são limitados, mas associado a outros tratamentos podem ser obtidos bons resultados. Ele pode ser obtido em farmácias de manipulação ou comprado diretamente nas farmácias convencionais, deve ser utilizado apenas com prescrição médica e após avaliação de um especialista para saber se seu caso tem ou não indicação.
Finasterida: é o único tratamento que age na causa da calvície. Utilizado na forma oral ou tópica, é encontrada de forma genérica, ou nome comercial (propecia, finalop, fendical). Atua bloqueando a ação da DHT sobre os receptores dos bulbos capilares dos fios predispostos à calvície. Funciona bem para as áreas do meio e da coroa, não atuando do mesmo modo para a frente e entradas. Dependendo da fase da calvície, da área afetada e da idade do paciente, a finasterida pode até mesmo melhorar o quadro de calvície já que, ao reverter o processo, engrossará os fios que estavam em fase de miniaturização, dando maior cobertura e portanto a “impressão” de que cresceu cabelo.
Outros: Alguns especialistas utilizam outros tipos de tratamentos realizados em consultório, como a mesoterapia capilar, microagulhamento e a fotobioestimulação por LED (luz emitida por diodo)

Na mesoterapia capilar ou intradermoterapia, os “princípios ativos” como minoxidil, d-pantenol e fatores de crescimento são injetados diretamente na derme (pele) do paciente. Pode ser usado como um tratamento complementar ao tratamento clínico na alopecia androgenética e nas quedas capilares de causas externas.

A fotobioestimulação por LED, também chamada de laser de baixa frequência é muito utilizada por alguns especialistas como tratamento complementar. Aplicada sobre o couro cabeludo, ela estimula a microcirculação local e aumenta o metabolismo celular.
Vitaminas como ferro, zinco, cistina, biotina, vitamina D, vitamina C e vitaminas do complexo B são muitas vezes prescritas como complementação terapêutica nos quadros de alopecia. Nos últimos anos vem crescendo o número de publicações a respeito da associação entre deficiências nutricionais e influência negativa no folículo piloso e na formação da haste capilar.
O uso de shampoo anti-queda sempre foi muito popular, mas seus efeitos são muito limitados. São mais indicados para tratar outros fatores que contribuem para a queda de cabelo, como a dermatite seborreica (caspa) entre outros. Hoje sabe-se que o shampoo de cetoconazol, um antifúngico, apresenta como vantagens a diminuição da população de fungos no couro cabeludo, redução do excesso de oleosidade (o sebo é rico em DHT) e alguns estudos mostram que ele também promove uma inibição local dos níveis de DHT. Massagens capilares também auxiliam na ativação e estimulação da circulação sanguínea do couro cabeludo contribuindo para um retardo na evolução da calvície.

Seu especialista saberá que terapia utilizar dependendo do tipo, histórico, idade, e outras informações relacionadas à sua calvície.

Para finalizar, é bom lembrar que “NÃO EXISTEM REMÉDIOS OU TERAPIAS CAPAZES DE FAZER CRESCER CABELO”. O que existe são tratamentos medicamentosos ou não, que retardarão o processo de calvície, pois os fios de cabelos com genética positiva para a calvície, irão cair de qualquer forma algum dia. Essas terapias são capazes de “frear” por um determinado período o processo de calvície, porém não mudarão o aspecto final da mesma, apenas retardarão sua evolução e obviamente depende do nível em que o indivíduo se encontra.

Os tratamentos clínicos são coadjuvantes, ou seja, ajudam a retardar a necessidade do transplante capilar ou mesmo de um segundo tempo cirúrgico, ou seja, o transplante restituiria os cabelos perdidos, enquanto o tratamento clínico manteria os que já existem.

Em linguagem leiga: o transplante abriria a torneira, enquanto a finasterida e outros tratamentos ajudariam a fechar o ralo.